Educação digital — tecnologias e ferramentas

Uma das filosofias educacionais de maior destaque atualmente é a educação em rede (aberta e colaborativa). Essa modalidade de educação só se tornou possível com a ascensão da web 2.0 e todos as ferramentas tecnológicas dela decorrentes.

O grande desafio dos profissionais da educação neste contexto de ensino digital é, de fato, saber fazer um bom uso dos recursos tecnológicos, pensando em uma nova cultura de aprendizado e não apenas reproduzindo modelos ultrapassados de ensino só que com recursos digitais.

Nos estudos e nas discussões realizadas na UC de Ambientes Virtuais de aprendizagem, propostos pelo Prof. J. António Moreira da Universidade Aberta de Portugal, alguns modelos para este cenário foram abordados, entre os quais, talvez o de maior destaque, o Technological Pedagogical Content Knowledge (TPACK). O modelo TPACK identifica de forma abrangente como se dá a interação entre os diferentes conhecimentos na educação digital.

No contexto brasileiro do ensino a distância, em geral o que temos é a atuação de diferentes profissionais, que compõem uma equipe educacional e podem ser relacionados da seguinte forma:

Professor/conteudista → Conhecimento científico

Designer instrucional → Conhecimento pedagógico

Profissional de TI → Conhecimento tecnológico

Obviamente, este cenário não é realidade na maioria dos casos, e o professor precisa se adaptar e tornar-se este profissional multitarefas e que domina um pouco de tudo (conteúdo, pedagogia e tecnologia).

Porém, para além da atuação do professor nesses contextos de ensino-aprendizagem, ouso dizer que precisamos pensar no avanço (ainda tímido) cultural em relação ao reconhecimentos da autoaprendizagem como meio legítimo de aquisição de conhecimento. Considerando essa possibilidade, torna-se necessário pensar em formas de torná-la mais eficiente. Um desses caminhos, na minha opinião, é a produção de conteúdo direcionado à autoaprendizagem com mais qualidade e cada vez mais acessível e disponível.