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Interconexão, comunidade virtual e inteligência coletiva de Pierre Levy

Pierre Levy resumiu o conceito de cibercultura em três premissas básicas: a interconexão, a comunidade virtual e a inteligência coletiva. Esses três aspectos destacados pelo autor são relacionados e interdependentes, pois não existe comunidade sem a interconexão e não há inteligência coletiva sem a comunidade.


Embora este conceito tenha sido apresentado por Levy no final da década de 1990 e muito tenhamos ganhando em evolução tecnológica desde então, é extremamente atual, o que faz do autor um grande visionário. Podemos considerar como pilares do surgimento da cibercultura a comunicação, a informação e o diálogo, que se caracterizam como seus fundamentos. A partir disso, uma série de “ambientes”, práticas, atitudes e valores se desenvolveram, criando o tão difundindo e, até mesmo, internalizado, espaço virtual ou ciberespaço (como usado pelo autor).


A popularização do ciberespaço, além da relação com o avanço tecnológico e da também popularização do acesso a esses recursos, é, em parte, devida ao nosso desejo por comunicação e compartilhamento de informações. A possibilidade imaginada por Levy de rompermos barreiras físicas e transformarmos o espaço virtual em nossa principal infraestrutura de produção, transação e compartilhamento, de fato se deu. Atualmente, nos encontramos, em geral, em ambientes de total conexão, carregamos, dia e noite, um aparelho que nos conecta com mundo, em qualquer hora e qualquer lugar. Todos esses aspectos, possibilitados pelo desenvolvimento tecnológico, nos levaram a efetivação da cibercultura, de modo que, muitas vezes, nem mais a percebemos.


Quanto à educação, vivemos hoje, como previsto por Levy, na era da inteligência coletiva. Nela, as informações são atualizadas a todo instante para quem estiver interessado. Diante dessas novas perspectivas de aprendizado, o grande desafio dos educadores é manter suas práticas pedagógicas também atualizadas e atendendo às novas demandas por conhecimento de seus alunos, que não é mais receptiva, mas sim interativa.


Para ilustrar o conceito de cibercultura, apresento alguns exemplos:


— Design instrucional e tecnologias educacionais (https://www.facebook.com/groups/671275806220905/) é uma página no Facebook que existe desde 2013 e é dedicada a troca de informações e divulgação de estudos, cursos e eventos na área.


— A comunidade Rededots (https://www.rededots.com.br/), surgiu em 2015, como um grupo de business network e de projetos colaborativos no Facebook chamado “dots”, tem o intuito de compartilhar contatos e ser um espaço de divulgação de pequenos empreendedores.


— Duolingo (https://www.duolingo.com/) é uma plataforma de ensino de idiomas em que os alunos, podem criar grupos de estudos, realizar tarefas em conjunto, bem como interagir, trocando experiências e aprendendo de forma coletiva.


Texto escrito para o Mestrado em Pedagogia do E-learning (MPel) da UAB-PT

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